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HISTÓRIA

Na perpétua morada

De mil obras, quero vê-las

Sob a eterna luz dourada

Folheá-las e relê-las

Cada página virada

Faz mais leve a jornada

Caminhar por entre estrelas

Marcelo Ubiratan Nora Aceti

(classificado no Concurso Literário AFL 2022)

 

 

        A Academia Fluminense de Letras, fundada em 22 de julho de 1917, surgiu pela vontade de intelectuais idealistas no momento da eclosão do movimento da Renascença Fluminense, tendo entre seus objetivos: estimular e promover a cultura, as ciências sociais e as artes, a valorização do Idioma e das Letras Nacionais; contribuir para a preservação da memória dos vultos que se distinguiram na história literária, especialmente a do Estado do Rio de Janeiro; apoiar iniciativas e eventos literários, socioculturais e entidades voltadas para o desenvolvimento das publicações literárias e artísticas, a memória e a história do Estado do Rio de Janeiro; fomentar a cooperação e o intercâmbio entre academias e entidades congêneres. Venceram obstáculos e a obra se consolidou como nau capitânia da cultura fluminense, graças à perseverança dos que acreditaram no que faziam para a existência de uma Academia de Letras, nos moldes da Academia Francesa. Agigantou-se para ser a Casa de Amor à Cultura e Templo da Palavra.

         Foi Presidente da Diretoria Provisória Epaminondas de Carvalho, primeiros presidentes oficiais Homero Pinho e Joaquim Peixoto, e Secretário Perpétuo Lacerda Nogueira. Em sua trajetória pioneira, admitiu, por méritos, na Classe de Letras, a 1ª mulher Acadêmica – Albertina Fortuna Barros, eleita depois a 1ª mulher Presidente da instituição.

        Era originalmente composta de 48 cadeiras, tendo como Patronos importantes vultos nascidos na terra fluminense: Alberto Silva, Alberto de Oliveira, Alberto Torres, Alcindo Guanabara, Andrade Figueira, Antônio Aguiar, Azeredo Coutinho (Bispo), Azevedo Cruz, B. Lopes, Belisário Augusto, Benjamin Constant, Carlos de Lacerda, Casimiro de Abreu, Castro Menezes, Duque de Caxias, Euclides da Cunha, Ezequiel Freire, Fagundes Varela, Felisberto de Carvalho, Firmino Silva, Francisco de Lemos (Bispo), Guilherme Briggs, Joaquim Manuel de Macedo, José do Patrocínio, Júlio Maria (Padre), Lúcio de Mendonça, Luiz Pistarini, Macedo Soares (Conselheiro), Manuel Carneiro, Martins Teixeira, Paulo da Silva Araújo, Pedro Luiz, Pedro II, Pereira da Silva (Conselheiro), Quintino Bocaiúva, Raja Gabaglia, Raul Pompéia, Saldanha da Gama, Salvador de Mendonça, Silva Jardim, Silva Marques, Soares de Souza Júnior, Teixeira de Melo, Teixeira e Souza, Visconde de Araguaia, Visconde de Beaurepaire Rohan, Visconde de Itaboraí, Visconde de Sepetiba. Em 2015, em Assembleia Geral Extraordinária, foram acrescentadas duas cadeiras, chegando-se ao total de 50, homenageando como Patronos Feliciano Sodré e o Almirante Ary Parreiras, governantes que consolidaram a sede própria no prédio em comum construído para receber a Academia, a Biblioteca Universitária e o Arquivo Público – Feliciano Sodré, ao promulgar a Lei nº 2.612/1927, dando a sede, e Ary Parreiras, dando seguimento à construção e a inaugurando em março de 1934.

         Mantida exclusivamente através da colaboração de seus membros, a instituição teve um longo período de atividade limitada devido à obra de restauração do edifício onde se localiza sua sede. Logo após a reinauguração, em 2011, sofreu a perda do ilustre Presidente Edmo Lutterbach, que a liderou por muitos anos. O Presidente Waldenir de Bragança e sua diretoria assumiram a missão de dar continuidade ao projeto de revitalização da Academia, promovendo cursos, concursos e atividades conjuntas com outras entidades culturais da cidade, além de novas posses – com os processos de candidatura obedecendo aos preceitos estatutários.

         A AFL vem desenvolvendo ações conjugadas para a defesa e valorização da Língua Portuguesa. Neste sentido, encaminhou Memorial ao Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas, com o apoio do Rotary Internacional e do Elos Clube da Comunidade Lusíada, entre outras entidades culturais, fundamentando a proposta para que o Idioma Português se torne o 7º idioma oficial da Organização das Nações Unidas, ao lado do Árabe, do Chinês, do Espanhol, do Francês, do Inglês e do Russo. Da mesma forma, encaminhou ofício ao Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e à Ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck contendo Memorial em defesa da inclusão das matérias de Língua Portuguesa e Interpretação de Textos nas provas do Concurso Federal Unificado, em iniciativa que recebeu o apoio da Academia Brasileira de Letras e outras entidades congêneres.

         Extensa e variada programação cultural foi promovida no Ano do Centenário, tendo como ponto alto a realização do I Congresso Brasileiro de Academias de Letras, de 20 a 22 de julho, no Hotel H Niterói, em torno dos temas “Educação, Cultura e Ética” – promovido com o apoio da Secretaria de Cultura de Niterói e da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal Fluminense.

         Os trabalhos da Academia contaram novamente com a parceria da Secretaria Municipal de Cultura de Niterói através de Termo de Fomento assinado em 2020 para a realização de projetos culturais em conjunto, incluindo promoção de concursos literários e fotográficos para público adulto e estudantil, distribuição de livros de autores fluminenses (projeto Táxi Literário), edição de revista cultural, entre outras ações que receberam, também, o apoio do secretário de Cultura Leonardo Giordano.

         Em 2022, o Presidente Waldenir de Bragança foi sucedido pela Presidente Márcia Maria de Jesus Pessanha, que há vários anos já integrava a Diretoria como 1ª Secretária. Doutora em Letras/Literatura, ex-diretora da Faculdade de Educação da UFF, a professora e escritora Márcia Pessanha é a 2ª mulher a presidir a instituição, eleita e reeleita (2024) por unanimidade para dar continuidade à sua missão de valorizar o movimento cultural fluminense e liderar seu caminho rumo ao futuro.

© 2016 por Academia Fluminense de Letras

Orgulhosamente criado por Cleide Villela

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