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CAMPANHA

É o Idioma Oficial de 9 países – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste – sendo falado também na antiga Índia Portuguesa (Goa, Damão, Diu, e Dadrá e Nagar-Aveli) e Macau, tendo estatuto oficial na União Europeia, no Mercosul e na União Africana, constituindo importante idioma minoritário em Andorra, Luxemburgo, Paraguai, Namíbia, Suíça e África do Sul, além de estar presente, através de numerosas comunidades de imigrantes, em várias cidades em todo o mundo, como Paris na França; Toronto, Hamilton, Montreal e Gatineau no Canadá; Boston, New Jersey e Miami nos EUA e Nagoya e Hamamatsu no Japão.

 

É de ressaltar-se que uma língua, além de meio de comunicação, expressa conteúdo existencial, modos de sentir, de pensar e de viver de grupamentos humanos, constituindo, através dos séculos, uma identidade cultural, com peculiar criatividade, valores ético-sociais e sentimentos coletivos, refletidos no idioma que são intraduzíveis e que necessitam continuar vivendo e revelando culturas.

 

A lusofonia vem se situando de forma crescente em várias partes do mundo, pelos seus escritores, poetas, inventores, cientistas, artistas, somando-se desde os navegadores e descobridores que fizeram sua história, com significativa presença nos meios de comunicação de massa através de telenovelas, noticiários, reportagens, etc., projetando-se na literatura, música, esportes e artes em geral.

 

Tem sido importante o trabalho da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa / CPLP, que tem alcançado novos contornos nas relações internacionais, minimizando conflitos ideológicos do passado e ressaltando suas potencialidades nacionais e parcerias internacionais, com documentos de Chefes de Estado e de Governo das nove nações, em projetos de cooperação que estão dando corpo e alma aos fundamentos dessa nova Comunidade. A Comunidade tem se empenhado em valorizar os seus três pilares – da política, da economia e da cultura, que colocam em conexão, de maneira respeitável, a África, a América Latina e a Europa, enfatizando o caráter universalista da lusofonia, que cada vez mais se afirma em nível supranacional.

 

O potencial econômico da comunidade lusófona, que oferece significativas vantagens competitivas através de sua rica diversidade social, cultural, geográfica e demográfica, que 50% dos recursos petrolíferos descobertos na última década estão em países lusófonos, e que o gás e o petróleo produzidos pelo Brasil, Angola, Moçambique e Guiné Bissau representam 30% da produção mundial.

 

A iniciativa de tornar oficial o idioma português na ONU é, em verdade, prestar um histórico serviço aos países de língua portuguesa, que constituem uma comunidade presente e atuante em todos os Continentes, com expressiva população, incluindo: Brasil, com 202 milhões de habitantes, uma das dez maiores economias do mundo, líder natural do MERCOSUL; Angola, com 24,3 milhões; Cabo Verde, com 538 mil; Guiné Bissau, com 1 milhão e 693 mil; Guiné Equatorial, com 722 mil; Moçambique, com 24,6 milhões; Portugal, com 10,8 milhões; São Tomé e Príncipe, com 190 mil e Timor-Leste, com 1 milhão e 201 mil (estimativas recentes), que somam variados costumes, crenças, raças, tendências políticas e que têm a lusofonia como forte laço de identidade cultural e cooperação.

           

O idioma português ocupa o quinto lugar dentre as principais línguas usadas na internet, atrás apenas do inglês, do chinês, do espanhol e do árabe (fonte: Internet World Stats, 2015), e é a quarta língua mais usada nas postagens feitas no Twitter, atrás apenas do inglês, do japonês e do espanhol (fonte: Gnip, 2014);

 

Entre os idiomas já oficializados na ONU encontramos pelo menos três com número menor de falantes nativos do que o idioma português – o árabe (280 milhões), o russo (170 milhões) e o francês (110 milhões). Enquanto isso, o idioma português é oficial na Organização dos Estados Americanos, na União Europeia e na União Africana, e o ensino do Português hoje é obrigatório nos currículos escolares dos países do MERCOSUL.

 

Segundo estimativa da UNESCO o Português e o Espanhol são os idiomas que mais crescem entre as línguas europeias, após o Inglês. Cada vez mais presente nas organizações internacionais, como atesta o seu uso como língua de trabalho nas comissões e sessões plenárias da Conferência Internacional do Trabalho da OIT, o nosso idioma, ao se tornar oficial no universo da ONU, colocando-se em igualdade com outros idiomas, é ato de respeito e apoio às nações de língua portuguesa, valorizando sua unidade e participação socioeconômica e cultural no contexto global.

 

Este poderoso congraçamento, que tem sua origem, essencialmente, na língua portuguesa, deve constituir instrumento capaz de sensibilizar definitivamente a ONU para reconhecer o idioma oficialmente, a exemplo da União Européia. Para tanto, requer o estabelecimento de um planejamento estratégico com o envolvimento entusiástico de todas as sociedades e nações lusófonas para alcançar o objetivo de ser reconhecido pela ONU o Idioma Português como oficial na sua organização, ao lado do Árabe, Chinês, Espanhol, Francês, Inglês e Russo.

 

Essa campanha é nossa.

 

Waldenir de Bragança

Academia Fluminense de Letras / Academia Niteroiense de Letras / Cenáculo Fluminense de História e Letras / Elos Internacional da Comunidade Lusíada / Associação Niteroiense de Escritores

O IDIOMA PORTUGUÊS NA ONU

Mais de 290 milhões de pessoas se expressam no idioma português, com importante presença sociocultural, geopolítica e econômica em várias nações de todos os continentes, sendo a 5a mais falada no mundo (em números absolutos), a 3a entre as consideradas línguas universais de cultura e uma das 4 faladas nos seis continentes.

 

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